- As melhores e mais sérias touradas se realizam em Madri, na
Andaluzia e em algumas cidades das Castilhas (como Salamanca). Não
procure por elas em Barcelona, onde recentemente proibiram essa atração.
- Em Madri, a temporada oficial (que eles chamam de feria), com os
melhores toureiros, começa em abril e vai até o verão, mas é possível ver
corridas de março e até outubro. Outras cidades fazem calendários
alternativos.
- A Plaza de Toros de Las Ventas, em Madri, é a
maior e mais conhecida do país. Fora da temporada, é utilizada para outros
eventos, como shows e festivais (entre eles, o Oktoberfest de Madri). Nesse espaço,
prepare-se para dividir o banco com muitos, muitos turistas, que nem sempre
sabem o que vai acontecer durante uma faena (luta do toureiro com o
touro).
- Os preços podem variar muito, de três a vinte euros, em média.
Mas há entradas de até 300 euros. Isso depende da atração (José Tomás e Cayetano Rivera estão entre os
toureiros mais famosos), da época e do lugar. No sol é mais caro que na sombra,
por exemplo. Não se pode entrar quando a tourada estiver rolando,
portanto, se você chegar a atrasado, terá que esperar o intervalo.
- Uma vez lá dentro, não convém fazer baderna. É permitido beber e
comer, em silêncio. Há quem leve seu lanchinho, mas o mais tradicional é comer
pipas, as sementes de girassol, e jogar as cascas no chão. Você pode comprar
cerveja dentro da própria praça de touros, nos bares ou com os ambulantes.
Durante o espetáculo, eles sobem e descem as escadinhas, mas não passam na
frente de quem está sentado. Se quiser algo, terá que passar o dinheiro de mão
em mão e receber o produto da mesma forma.
- Em cada tourada, se apresentam seis touros e três toureiros, cada
um com sua cuadrilla (“time”). As quadrillas são formadas pelos banderilleros, que cansam o touro
cravando-lhe banderillas (espetos enfeitados). Em
seguida, entra o picador, a cavalo, que continua o serviço de irritar e esgotar
as energias do bicho. Só depois entra o matador, que, depois de torear, deve matar o touro com
uma estocada na nuca.
- Se o touro não reage muito, pode ser desclassificado. Esse é o
melhor destino que ele pode ter, pois significa que sairá da arena escoltado
por várias vaquinhas e não vai lutar com o toureiro. Mas, na maioria das vezes,
o bicho vai até o final. No caso de ser muito guerreiro, o touro também pode
ser indultado, a pedido do público. Nesse caso, também vai pra casa com vida.
- Não se grita olé por qualquer coisa. Na verdade, não é fácil
diferenciar um movimento sensacional de um qualquer. Mas normalmente se grita
quando o touro tira um fino do toureiro. Preste atenção nos espectadores locais
antes de soltar um por sua conta.
- Se o toureiro matar o bicho com sofrimento, o público vai
reclamar. O bom toureiro acaba com a história com uma estocada. Quando
gostam do espetáculo, os assistentes acenam com lenços brancos ao presidente da
tourada, que decide como será a premiação e se o toureiro pode cortar a orelha
do animal. O auge é cortar as duas orelhas e o rabo e em seguida sair da Plaza
carregado pela multidão.
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